terça-feira, 2 de março de 2010

Funny Games U.S. de Michael Haneke















O ano passado fiquei maravilhado e simultâneamente chocado quando terminei de visualizar o Funny Games, na sua versão original (1997). Acho que foi principalmente pelo factor surpresa que fiquei de tal forma. Já conhecia algum cinema do Haneke (pouco menos que agora até), mas o Funny Games foi uma experiência muito diferente, talvez pela sua dura crueza, ou pela carregada violência psicológica presente neste. Uma coisa é certa já tinha saído o Funny Games U.S., e como este é uma cópia exacta do de 1997, decidi esperar mais um pouco para o ver.

Ontem decidi então ver então o Funny Games U.S., de 2010, também do Michael Haneke. O filme pode ser uma cópia exacta do outro, mas embora tenha apreciado bastante, acabou, tal como imaginava, por não ser uma visualização equivalente à do anterior. Não lhe tiro o mérito, o filme está muito bom, vá lá, está igual ao outro, continua chocante, e violento, e tal como sucedera no original, algumas cenas perturbaram-me durante a sua visualização. Mas, claro, já não houve a surpresa, como na cena do comando, que continua perfeita, e também "mindfuck", mas lá está, não teve o mesmo impacto.

No entanto, digo, embora continue a ser difícil de perceber o porquê deste remake, vale bem a pena vê-lo, mesmo para quem tal como eu, já viu o original. Agora tenho é de ver rapidamente o Das Weisse Band, o último do Michael Haneke.

3 comentários:

Álvaro Martins disse...

Para mim é escusado.

Pedro disse...

É-me um pouco difícil perceber a razão pela qual foi feito este remake. Mas como gostei muito do Funny Games, acabou por ser agradável ver o filme.

Unknown disse...

Eu não vi o original. Vi esta adaptação. É igual pelo que consegui apurar sim mas os actores são distintos. E não tenho nada a apontar a Watts e a Roth que são, em tudo, brilhantes nesta peculiar e cativante obra.

Não acho esta obra escusada. Foi a forma que Haneke arranjou para conseguir levar a sua crítica à América, de uma forma mais mainstream.

Abraço